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Ana Lúcia: As manchas deixadas pelos pais no campo emocional de seus filhos

11/06/18 - 14:51

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Todos, nós, acreditamos que nossos filhos só conseguem perceber as coisas quando começam a entendê-las. Ledo engano! 

 

Somos desde que começamos a ter células seres capazes de segurar em nosso campo emocional os momentos de nossas vidas, sejam positivos ou negativos. 

 

Podemos perceber que existem crianças que ainda bebês não gostam de algumas pessoas, melhor dizendo, rejeitam algumas pessoas. Somos como carbono, as emoções, as palavras, os pensamentos, os gestos, tudo fica impregnado em nosso campo emocional e posteriormente tudo isso virá à tona.

Trabalho esse tema hoje por questões sociais que vêm acontecendo como mães jogarem seus filhos em caçambas, em lagoas dentro de sacos plásticos e outras implicações que modificarão o curso de vida dessa criança.

 

Analisemos nossas próprias vidas, quando crescemos em lares positivos e em algum momento nossos pais nos castigam por algo que fizemos que contrariassem as regras estabelecidas, como nos sentimos? Por quanto tempo nos lembramos do fato e com que sentimento? 

 

A verdade é que, não há desculpas para ações contra incapazes de se defender. Hoje um grande número de crianças que chegam aos consultórios com ações e reações indecifráveis aos olhos de pessoas comuns. Mas o grande mistério a ser resolvido é o que elas vivenciaram dentro e fora do útero materno?

 

As mulheres que conseguem gerar filhos deveriam estar preparadas para amparar melhor o ser que ajudou a construir. Ela representa o invólucro de proteção deste ser. Ela é a responsável por ele até que ele tenha autonomia. 

 

Lógico que o pai também tem suas responsabilidades emocionais com a criança antes e depois do nascimento. Manter um ambiente equilibrado para a mãe, controlar as emoções, os pensamentos e as ações. Tudo isso, porque ele também é o responsável pela existência desta criança. A criança será eternamente filha dos dois, carregará as marcas genéticas dos dois e traços da personalidade também. Representará os dois ao longo de sua vida.

 

O apelo desta matéria é para que todas as pessoas que querem brincar de casinha, papai e mamãe, lembrem-se que após a brincadeira as consequências do ato impensado virão. Você é responsável apenas por você enquanto não fez um filho. A partir do filho você se torna responsável pelo ser que fez. Tudo que acontecer com ele é de sua responsabilidade. 

 

Para que não tenha decepções com você mesmo ou mesma, pense muito antes de brincar de casinha. Depois da brincadeira não terá como voltar atrás.

 

Se o ato de fazer filhos, hoje, prendesse homens, não teríamos tantas mães e pais solteiros e se ameaçar a vida dos filhos mantivesse a relação não teríamos tantas pessoas dentro de presídios e manicômios.

 

Por Ana Lúcia da Silva 

Psicanalista do Silva&Costa Psicanálise e Terapias

Contatos: (031) 3774-7580/ 98910-9428

e-mail: silvacostapsicanalise@hotmail.com

 

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