'Acabou notificação, vamos lacrar estabelecimentos', diz Kalil sobre infratores

Prefeito afirmou que vai apertar o cerco a bares e restaurantes para impedir o aumento da taxa de contágio da Covid-19 em BH

25/11/20 - 14:47

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou nesta quarta-feira (25) que vai apertar a fiscalização nos estabelecimentos de Belo Horizonte para frear a onda de contágio do novo coronavírus em Belo Horizonte. A partir de agora, as forças de segurança e fiscalização da capital estão autorizadas a fechar os locais que desrespeitarem as regras sanitárias. "Nós estamos aqui para avisar que acabou notificação. Agora, nós vamos fechar as portas do irresponsáveis", garantiu.

Além do comércio, festas clandestinas também estão na mira do executivo. "Temos autoridade para prender os irresponsáveis. Notificação, notinha e a multinha acabaram. Agora nós vamos lacrar estabelecimento. Estamos avisando aos baderneiros, vão ser presos, estamos monitorando as redes sociais", sentenciou o prefeito.

De acordo com o secretário de Saúde, Jackson Machado, até o momento a prefeitura estava agindo de forma educativa. "Mas acabou", garantiu. Segundo o gestor, as festas clandestinas têm sido os grandes focos de transmissão do vírus em BH.

"A irresponsabilidade, o relaxamento, a falta de empatia e a ignorância de alguns podem nos levar ao fechamento total da cidade novamente", declarou Kalil. 

Infrações

Até o fim do mês passado, 891 comércios no município receberam advertências do órgão para garantir condições mínimas de segurança – como o respeito à capacidade máxima em mesas e em pé e o uso de equipamentos de proteção, como máscaras, pelos funcionários. 

De acordo com o secretário municipal de saúde de BH, Jackson Machado, 29.692 estabelecimentos vistoriados receberam orientações. No entanto, se reincidirem, não vão mais receber apenas a notificação para fazer mudanças. "Agora é fechar. Quem tinha que ser orientado já foi. Agora é punição", explicou. 

População precisa ajudar

A diretora de vigilância sanitária de BH, Zilmara Ribeiro, informou que o órgão fez 1.649 abordagens relativas ao uso de máscara. No princípio da pandemia, segundo ela, o resultado das ações para conter o avanço do coronavírus estavam obtendo bons resultados. No entanto, recentemente, o cenário mudou. "Infelizmente agora a gente está vendo que a situação está piorando. Não adianta o esforço só do poder público, é preciso um esforço conjunto", disse.

Vacina

Kalil disse que já tem estoque de 2 milhões de ampolas estocadas em BH, e que a população não vai ficar sem vacina. E acrescentou: "Não há nenhum risco da população de BH ficar sem vacina. Nós estamos com dinheiro pra fazer a compra seja ela (vacina) qual for".

O prefeito acrescentou que os cofres municipais estão "confortáveis" para adquirir a vacina contra a Covid-19 assim que ela estiver disponível.

"A prefeitura está bem estruturada para, caso aconteça uma maluquice do governo federal não soltar uma vacina para a população brasileira, socorrer a população de BH", afirmou Kalil.

 

Fonte: O Tempo

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